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ERC
• VOLUME 2
de programas como sendo o que transmitiu, no período em
análise, maior percentagem de conteúdos com
enfoque geo-
gráfico
no
continente africano
.
− A
Oceânia
, na qual estão apenas representadas a
Austrália
e a
Nova Zelândia
, temuma presença residual na amostra. Trata-se
de peças cujos
subtemas
mais frequentes são
acidentes e
catástrofes naturais
(em particular
catástrofes naturais
) e
incêndios
, bem como da
poluição e crimes ambientais
.
− Entre cerca de 19 % a 20,5 % das peças que reportam aconteci-
mentos com local de ação num país estrangeiro, constata-se
que o local desses acontecimentos não é especificado, consi-
derando-se que o seu
enfoque geográfico é internacional gené-
rico
ou referente a
vários países estrangeiros
. Tal émais comum
no
TVI
e no
SIC
, embora os valores se aproximem nos blocos
informativos dos quatro serviços de programas considerados.
2. Análise de
fontes de informação dominantes
O indicador
fontes
de informação dominantes visa reconhecer e classi-
ficar a pessoa, o grupo, a instituição e/ou o documento referidos no
conteúdo manifesto da peça que são mais estruturantes na sua cons-
trução. Neste sentido, admite-se a consultamanifesta de outras
fontes
que se cruzem com aquela que se identifica como dominante, embora
na análise que se sucede, se considerem apenas os contextos de
identificação da
fonte
central consultada para a construção da peça.
Entre 2008 e 2011:
› Os membros do
Governo
e do
PSD
são as
fontes principais
mais
frequentes da
política nacional
, temática dominante em todos os
serviços de programas
.
Emconcreto, os representantes do
Governo
e os do PSD correspondem a 29,7 % dos blocos noticiosos de ho-
rário nobre do
RTP2
e a 19,1 % dos do
SIC
.
› As
fontes
da
sociedade
, maioritariamente
adultos
, mas também
outros movimentos cívicos e/ou humanitários
e
familiares
são as
segundas consultadas com maior frequência pelos serviços de
programas, sobretudo o Jornal da Noite (em 9 % das peças). O Jor-
nal 2 / Hoje é o bloco informativo que menos recorre às
fontes
da
sociedade
(4,2 %).
› Os protagonistas do
futebol
são as principais
fontes
do
desporto
RELATÓRIO DE REGULAÇÃO 2011
Fig. 5 –
Continente a que pertence o
país estrangeiro onde decorre a ação
,
por serviço de programas.
Fig. 6 –
Áreas a que pertencem as
fontes
principais das peças,
por serviço de programas.
Fonte
dominante
%
Telejornal
(RTP 1)
Jornal 2 /
Hoje
(RTP 2)
Jornal
da Noite
(SIC)
Jornal Nacional /
Jornal das 8
(TVI)
Total
Política nacional
24,9
29,7
19,1
22,3
23,1
Sociedade
8,4
4,2
9,0
8,2
7,9
Desporto
8,8
2,4
7,4
9,6
7,7
Economia, finanças
e negócios
6,5
6,8
6,4
7,8
6,9
Ordem interna
5,7
4,4
7,0
7,2
6,3
Comunidade
internacional
6,0
8,4
4,0
4,6
5,4
Comunicação
3,6
3,1
4,2
4,5
4,0
Sistema judicial
3,7
3,6
3,7
4,2
3,8
Ciência e tecnologia
2,8
2,3
4,7
2,9
3,3
Relações laborais
3,4
3,1
2,8
4,0
3,3
Saúde e ação social
3,2
2,2
2,4
2,9
2,8
Cultura
2,2
4,1
2,9
2,3
2,7
Comunidade europeia
2,7
4,4
2,0
2,2
2,6
Urbanismo
1,2
1,3
1,1
1,3
1,2
Crença e religião
1,3
1,3
0,8
1,3
1,2
Educação
1,0
0,8
0,8
1,4
1,0
Defesa
0,8
0,5
0,4
0,7
0,6
Ambiente
0,2
0,2
0,4
0,4
0,3
População
0,2
0,2
0,2
0,2
0,2
Grupos minoritários
0,1
0,2
0,2
0,2
0,1
Informação
não atribuída
13,0
16,7
19,9
11,5
15,2
Fonte documental
não identificada
ou confidencial
0,2
0,2
0,5
0,3
0,3
Total
100
(5069)
100
(2617)
100
(5363)
100
(5025)
100
(18074)
Nota: Total de peças emitidas e analisadas nos quatro blocos informativos em 2008, 2009, 2010
e 2011 = 4089, 5037, 4593 e 4731.Total de peças dos noticiários exceto peças de
comentá-
rio/opinião
, às quais o indicador não se aplica, em 2008, 2009, 2010 e 2011 = 4026, 4971,
4518 e 4559. Valores em percentagem; totais em percentagem e números absolutos.
A categoria
sociedade
inclui cidadãos e grupos de cidadãos. Não representa apenas cida-
dãos comuns anónimos, mas também entidades coletivas ou individuais representativas
de grupos de cidadãos e da sociedade civil. Considera-se
informação não atribuída
aquela
em que as
fontes
não são claramente identificadas.