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ERC
• VOLUME 2
› Assim,
no que diz respeito à análise da diversidade geográfica
,
presentenas peças da amostra analisada em
2011
, verifica-se que:
O tipode
enfoquegeográfico
mais frequentenaspeçasanalisa-
dasemtodososblocos informativoséo
enfoquenacional
, estando
presente em 44,7 % dos 4 731 conteúdos da amostra de 2011.
Essas peças reportam acontecimentos e problemáticas a partir
de umenquadramento que abrange todo o País e não apenas, no
caso dos acontecimentos, o local ou região onde têm lugar.
Como segundo enfoque globalmente mais destacado surge o
internacional
(20,5 %)
, seguido do
nacional comenvolvimento
de país estrangeiro
(16,7 %),
regional
(11,9 %) e
internacional
com o envolvimento do País
(6,2 %).
A representação das peças com
enfoque nacional
é semelhante
em todos os blocos informativos monitorizados
, sendo de
45,7 % no Telejornal, de 40,2 % no Jornal 2 / Hoje, de 44,5 % no
Jornal da Noite e alcançando o valormais elevado no Jornal Na-
cional / Jornal das 8, ou seja, 46,6 %.
− Nos blocos informativos dos serviços de programas de serviço
público, as peças com
enfoque internacional
são as segundas
mais frequentes, representando 20,6 % dos 1 231 conteúdos
analisados no Telejornal e 32,3 % dos 806 analisados nos Jor-
nal 2 / Hoje. O Jornal Nacional / Jornal das 8 seguiu esta ten-
dência dos serviços de programas públicos, 17,5 %. As peças
com enfoque nacional com envolvimento de país estrangeiro
representam o segundo enfoque mais presente no bloco infor-
mativo da SIC (17,5 %), seguindo-se o
enfoque internacional
e
o
regional
(cada com 16,4 %).
Por seu turno, o
enfoque regional
surge nos serviços de pro-
gramas de serviço público com um peso inferior em relação
aos blocos informativos dos serviços de programas privados.
No Telejornal é o quarto enfoque mais representado (10,1 %) e
no Jornal 2 / Hoje o quinto (6,1 %), antecedido, neste último
caso, pelo
enfoque internacional com o envolvimento do País.
− No Jornal da Noite o
enfoque regional
assume uma representa-
ção idêntica ao
internacional
(16,4 %) e no Jornal Nacional / Jor-
nal das 8 é o quarto mais destacado (12,6 %).
− Com a exceção da RTP2, o
enfoque internacional com o envolvi-
mento do País
, assume omenor número de referências nas peças
analisadas, em particular nos serviços de programas privados.
Comparando a análise geográfica nas peças das amostras dos
quatro anos (2008 – 2011
) verifica-se que
:
O tipo de
enfoque geográfico
mais utilizado no enquadramento
dos acontecimentos e problemáticas reportadas é o
enfoque
nacional
, isto é, as peças são enquadradas geograficamente
tendo por referência o território nacional.
− O
enfoque internacional
subiu de forma mais significativa no
Jornal 2 / Hoje, ao contrário da tendência verificada nos restan-
tes serviços de programas analisados.
Devedenotar-sequeomaior relevodo
enfoquenacional
em2008
se deveu ao facto de, metodologicamente, na análise referente
a esse ano esta categoria agrupar também a categoria
enfoque
regional
.
A introdução de uma nova categoria de análise da diver-
sidadegeográficadecorreuprecisamentede relatórios de regulação
anteriores, emque essa categoria não era contemplada, como é o
caso da análise efetuada em 2008. A partir da análise dos dados
referentes a esse ano, concluiu-se que seria pertinente introduzir
uma nova categoria de tipificação geográfica, por se considerar
que, com essa alteração, a análise da diversidade geográfica es-
tariamais completaecorresponderiamelhor àsdiferentesaborda-
gens identificadas nos alinhamentos dos serviços de programas.
Em termos práticos, passou a distinguir-se relativamente aos
conteúdos com
âmbito geográfico nacional
aqueles cujos aconte-
cimentoseproblemáticas reportadossãoenquadradosenfatizando
todoo territórionacional eaquelesemquesão reportadosdestacando
uma ou várias regiões em particular.
Apesar dessas alterações em termos de análise, tal como é pos-
sível verificar a partir dos dados da fig. 12, o
enfoque nacional
,
em termos de percentagem de conteúdos em que surge repre-
sentado, destaca-se claramente face às restantes categorias
consideradas
, oquesignificaqueaspeças tendemaenquadrar os
acontecimentoseproblemáticasapartir doPaíscomoáreageográ-
fica, semenfatizar as regiões onde ocorrem. Comefeito, em2009,
esse foi oenquadramentoprivilegiadoemmaisde47,7 %daspeças
analisadas no conjunto dos blocos informativos, em 44,9 % das
peças de 2010 e 44,7 % em 2011. Nestes três anos analisados, a
percentagem de peças com
enfoque nacional
é semelhante em
cada bloco informativo analisado, e sempre acima dos 40 %.
− Emrelação às restantes categorias consideradas na análise do
tipo de
enfoque geográfico
utilizado nas peças, verifica-se que
nos três últimos anos amenos frequente foi o
enfoque interna-
cional com envolvimento do País
, e, em 2008, foi a categoria
enfoque nacional com envolvimento de país estrangeiro
.
Desta análise pode-se concluir que, emtermos de enquadramento
geográfico, os conteúdos menos frequentes nos blocos infor-
mativos monitorizados, nos últimos quatro anos, são aqueles
que remetem em simultâneo para Portugal e para outro(s)
país(es), seja o enfoque mais centrado em território nacional
(
enfoque nacional com envolvimento de país estrangeiro
) ou
no estrangeiro (
enfoque internacional com envolvimento do
País
).
Mais comuns são os conteúdos cujo
enfoque geográfico
é
direcionado isoladamente oupara oPaís (
enfoquenacional
), para
uma ou várias regiões de Portugal (
enfoque regional
) oupara um
ou vários países estrangeiros (
enfoque internacional
).
No âmbito da análise geográfica, considerou-se também a identifi-
cação do
local onde decorre a ação em território nacional
, segundo
as regiões geográficas a que pertencem. Exemplificando, uma peça
que reporte umacontecimento cuja ação decorre na Amadora e outra
que remeta para um acontecimento passado em Lisboa são ambas
RELATÓRIO DE REGULAÇÃO 2011