Página 37 - ERC_Relatorio_de_Regulacao_2011_Volume1

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ERC
• VOLUME 1
209.
O
tema desporto
surge entre os mais frequentes, sendo que
entre 80 % a 90 % das peças estão relacionadas com
futebol
. As
restantesmodalidades
, as
atividades de federações
e outras entida-
des do sector desportivo surgem num número residual de peças.
210.
No Jornal 2 / Hoje, a quebra da presença do
tema cultura
—um
dos maiores decréscimos entre 2009 e 2010 — está relacionado
coma substituição do formato do programa e o desaparecimento da
rubrica Cartaz. Em2011, os serviços de programas privados assumem
valores mais elevados da
temática cultura
do que o Jornal 2 / Hoje.
211.
Defesa
,
grupos minoritários
e
população
são
temas
com uma
representação residual nas amostras dos quatro anos (inferior a 1 %
em todos os blocos informativos).
212.
Relativamente à
valorização e hierarquização
dos
temas
nos
alinhamentos, há, em 2011, uma inversão dos dois
temas
mais
presentes nas
aberturas da primeira parte
:
política nacional
, em2011
e 2009, e
ordem interna
em 2010. A presença da
política nacional
resulta
da cobertura de várias campanhas políticas e eleições em
2009 e em2011.
Política nacional
,
ordem interna, economia, finan-
ças e negócios
e
assuntos internacionais
foram os
temas
mais
presentes na
abertura da primeira parte
de todos os blocos de
horário nobre nos quatro anos analisados
.
213.
Entre 2008 e 2010 assistiu-se a um aumento do recurso à
promoção
das peças, e, em2011, esta modalidade de destaque infor-
mativo decresceu. No anomais recente e em2010, surgemmais peças
promovidas
no âmbito da
economia, finanças e negócios
, sobretudo
no Jornal 2 / Hoje
.
As peças com
temas
de
políticanacional
foramalvo
de um aumento das
promoções
, nos quatro serviços de programas.
214.
Verifica-se umaumento progressivo do recurso a
diretos
desde
2008
, com exceção do Jornal 2 / Hoje entre 2009 e 2010, e do Tele-
jornal entre 2008 e 2009.
215.
Em2011, os serviços de programas públicos são os principais
responsáveis pelo aumento das peças com
diretos
, e as exceções
são os privados.
216.
As peças de comentário/opinião aumentaram em 2011. Os
temas mais comentados entre 2008 e 2011 são política nacional,
seguindo-se economia, finanças e negócios, cultura e assuntos in-
ternacionais.
217.
A análise geográfica mostra que, apesar da introdução de
algumas alterações em 2009 ao nível da sua categorização
5
, o
enfoque geográfico
mais utilizado no enquadramento dos aconte-
cimentos e problemáticas é o
enfoque nacional.
Os serviços infor-
mativos de horário nobre do operador público privilegiamo
enfoque
internacional
e os privados, mais o
regional
. O
enfoque internacio-
nal
cresceumais no Jornal 2 / Hoje, ao contrário dos outros blocos
informativos.
218.
Quando o
local de ação
é emPortugal
6
,a percentagemde peças
que especifica a localização e a que não o faz é semelhante, apesar
do predomínio das primeiras. Nas que há
local de ação
identificado,
a região da
Grande Lisboa
é a mais representada em todos os
blocos informativos de horário nobre, de 2009 a 2010
. A
Região Au-
tónoma dos Açores
surge como a região do País menos presente.
A
Região Autónoma da Madeira
—que em2009 e 2010 é dasmenos
frequentes—regista um
aumento de referências em2011 em todos
os blocos informativos, motivado pela cobertura das cheias que
atingiram a ilha em fevereiro
.
219.
Os países do
continente europeu
são o
local de ação
dos
acontecimentos internacionaismais frequente
, sobretudo a
Espanha
,
o
Reino Unido
e a
França
, e, mais recentemente, também a
Grécia
e
a
Alemanha.
220.
O
continente americano
manteve o segundo lugar, com mais
referências aos E.U.A. e Brasil.
221.
Seguiu-se o
continente africano
, comdestaque no Jornal 2 / Hoje,
devido à cobertura da denominada Primavera Árabe. O
continente
asiático
deve a sua representação essencialmente ao acidente de
Fukushima, e também está mais presente no Jornal 2 / Hoje.
222.
As
fontes
de informação principais mais consultadas
são da
política nacional
nos quatro anos, em todos os blocos informativos
de horário nobre, o que se acentua nas amostras de 2009 e 2011,
no ano mais recente, sobretudo no Jornal 2 / Hoje. Os anos 2009 e
2011 forammarcados por eleições, pelo que as peças privilegiaram
as declarações dos representantes de partidos políticos. As
fontes
políticas
mais representadas são sempre as do
Governo
.
223.
O Jornal da Noite apresenta mais peças sem
fontes
identifica-
das nos quatro anos, apesar de se verificar uma tendência de de-
créscimo da
informação não atribuída
.
sUMÁRIO eXECUTIVO
5
Em 2009 foi introduzida uma nova categoria de análise do tipo de
enfoque geográfico
utilizado nas peças: o
enfoque regional
. A informação que em 2009 e 2010 aparece categorizada como
enfoque regional, era considerada em 2008 na categoria enfoque nacional, daí a diferença em termos de representação entre os três anos relativamente a esse tipo de enfoque.
6
Essa variável foi introduzida de forma autonomizada em 2009, depois de se ter reconfigurado o indicador
enfoque geográfico
, no qual, como foi referido, passou a ser considerada a
categoria
enfoque regional
. Como tal, só existem tendências apuradas para os anos de 2009 e 2010. O indicador
local onde decorre a ação em território nacional
foi criado com o ob-
jetivo de se poder especificar, em todas as peças enquadradas geograficamente com base num
enfoque regional
ou num
enfoque nacional
(isolado ou combinado com outros países,
como por exemplo nas categorias
enfoque internacional com envolvimento do País e enfoque nacional com envolvimento de país estrangeiro
), as regiões de Portugal onde decorre a
ação reportada.