Página 93 - ERC_Relatorio_de_Regulacao_2011_Volume2

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ERC
• VOLUME 2
portuguesa, comunicados e documentos oficiais, estudos e
relatórios com dados estatísticos ou indicadores económicos,
entre outros.
› Em termos
evolutivos
:
− Tanto o número de
fontes confidenciais
como
documentais
aumentou significativamente entre 2010 e 2011.
− No caso das
fontes confidenciais
, esta variação positiva não foi
observada nos noticiários do horário nobre da RTP2 e da SIC.
O mesmo se verifica no que nas
fontes documentais
.
De acordo com a análise das tendências relativas a 2011, veri-
fica-se:
− A partir da fig. 15, a
informação não atribuída
, no sentido de não
ser referida explicitamente qualquer
fonte
de informação, repre-
senta 10,7 % no conjunto dos quatro serviços de programas.
As peças com
informação não atribuída
têm um peso menor
na RTP1 (9,4 %) e TVI (9,6 %) e maior na SIC (correspondendo
a 12,4 % das peças) e RTP2 (12,3 %).
− De acordo com a fig. 22, do conjunto de peças com
informação
não atribuída
, destacam-se aquelas sobre
ordem interna
(24,1 %),
desporto
(17,8 %), e
economia, finanças e negócios
(11,2 %).
− São dois os serviços de programas que invertem esta ordem.
A SIC, commaior número de peças com
informação não atribuí­-
da
em peças sobre
desporto
(19,9 %)
, ordem interna
(15,9 %)
e
ambiente
(13,2 %). A RTP2 é o serviço de programas que
apresentamais peças com
informação não atribuída
acerca de
ordem interna
(34 %),
assuntos internacionais
(18,1 %) e
eco-
nomia, finanças e negócios
(10,6 %).
− O Jornal 2 / Hoje da RTP2 é o operador que, emtermos de peças
com
informação não atribuída,
mais peso regista na
temática
ordem interna
(34 %). Já o Jornal da Noite da SIC é o que obtém
menor peso, com 15,9 %.
− O segundo
tema
mais presente empeças com
informação não
atribuída
,
desporto,
tem mais peso na RTP1 (21,7 %) e menos
na RTP2 (5,3 %).
Considerando as evoluções registadas anualmente:
− Em 2011, e tendo em conta o total de peças com
informação
não atribuída,
identifica-se uma variação positiva da represen-
tação dos
temas economia, finanças e negócios
,
política inter-
nacional, sistema judicial, política comunitária, comunicação,
cultura, sociedade
e
defesa.
Os
temas educação
e
população
mantiveram o seu peso de 2010 para 2011.
− No caso dos restantes
temas
que registamuma variação nega-
tiva emtermos globais, esta deve-se, no caso da
ordem interna,
exclusivamente ao Jornal da Noite da SIC, uma vez que as peças
sob esta
temática
sem informação atribuída passaramde 24,3 %
em 2010, para 15,9 % em 2011.
− Contrariaram a tendência de aumento global da
política interna-
cional
em peças com
informação não atribuída,
a SIC e a RTP1.
− Em termos de tendência de evolução constante, apenas se
verifica no caso da
temática política comunitária
, comumaumento
desde 2008, e da
ciência e tecnologia
, mas como comportamento
inverso, ou seja, de descida do peso de peças com
informação
não atribuída,
desde 2008 ao ano de 2011.
3. Análise de principais
atores/protagonistas
O indicador principais
atores
visa reconhecer e classificar a perso-
nalidade ou grupo de pessoas identificado de formamanifesta como
protagonista
da peça, ou seja, aquele que participa de forma prepon-
derante no irromper e/ou na evolução do acontecimento, de acordo
coma construção da peça. Neste sentido, admite-se a existência de
outros
atores
que se cruzem com aquele que se identifica como
dominante. Na análise que se sucede, consideram-se apenas as
áreas de identificação dos
protagonistas
.
A variável
protagonista
refere-se ao indivíduo cujas declarações são
essenciais à construção da notícia e cuja centralidade enquanto
protagonista na peça noticiosa é visível. Os
protagonistas
são trata-
dos a dois níveis: umnível macro (grandes grupos) e umnível micro
(especificação dos protagonistas).
› Dos dados apurados
relativos a 2011
constantes da fig. 23:
− Observa-se que 11,1 % das peças da SIC e da TVI, 10,3 % da RTP2
e 8 % da RTP1,
não identificam protagonistas
.
− Para os
protagonistas
identificados das notícias (89,9 % de 4 251
peças), há uma tendência para conferir
maior protagonismo
aos
atores políticos nacionais
em todos os serviços de pro-
gramas
analisados (34,5 % na RTP2, 28 % na RTP1, 24,2 % na
TVI e 23,7 % na SIC).
− Os
atores
da área do
desporto
são a segunda categoria mais
representada nos blocos informativos da RTP1, da SIC e da TVI.
Nesta categoria de
atores
destacam-se os
atletas e técnicos
desportivos
(ver fig. 25). No caso da RTP2, esta constitui apenas
a oitava categoria mais representada, sendo a segunda a área
da
comunidade internacional
, designadamente
representantes
de Estado e de governo estrangeiros.
− A terceira categoria de
protagonistas
presentes
em todos os
blocos analisados pertence à área
sociedade,
que em termos
específicos inclui, entre as categorias que mais se destacam,
cidadãos comuns adultos,
emcontextos diversos da vida social
,
manifestantes, figuras públicas e “celebridades”
e
moradores/
habitantes
(ver fig. 26).
− Os
atores
associados à
ordem interna
constituem a quarta ca-
tegoria globalmentemais representada e assumemmaior peso
nos serviços de programas privados. Nesta categoria foram
realçados os indivíduos em situação de
vítimas,
consequência
de crimes e ofensas, bem como de catástrofes naturais. Esta é
PLURALISMO E DIVERSIDADE NOS SERVIÇOS DE PROGRAMAS TELEVISIVOS
ANÁLISE Evolutiva da Informação Diária – RTP1, RTP2, SIC e TVI em 2008, 2009, 2010 e 2011