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ERC
• VOLUME 1
Os rendimentos comerciais, em 2011, ascenderam a 60 milhões de
euros, registando uma descida de 20,5 % face ao ano anterior. Todas
as rubricas tiveram uma evolução desfavorável, com exceção das
prestações de serviços que representam 6,6 % dos rendimentos
comerciais e que, em 2011, obtiveram um crescimento de 34,7 %,
situando-se em4milhões de euros. Quanto às restantes categorias,
é de assinalar a quebra de 20,5 % nas receitas de publicidade que
representam65,7 % dos rendimentos comerciais e que desceramde
50milhões de euros, em2010, para 40 milhões de euros, em 2011.
Na distribuição por cabo, cujo peso relativo no total de rendimentos
comerciais é de 22,7 %, verificou-se um decréscimo de 2,0 % face a
2010. Nas vendas de conteúdos e nas atividades com carácter resi-
dual que, em conjunto representam 5,0 % do total de rendimentos
comerciais, ocorreramdescidas de, respetivamente, 87,7 % e 13,4 %,
em 2011.
No que respeita a outros rendimentos e ganhos verificou-se um
crescimento de 664,8 %, atingindo cerca de 17milhões de euros, em
2011. De salientar o seu carácter não recorrente, uma vez que resul-
tam fundamentalmente damais-valia da venda das antigas instalações
do Lumiar.
Quanto aos gastos operacionais, não obstante a redução nos custos
de grelha e nos gastos com fornecimentos e serviços externos, ve-
rificou-se umaumento de 17,0milhões de euros, face ao ano anterior.
Para este agravamento foi determinante a constituição de uma
provisão, no valor de 26,5 milhões de euros, destinada a fazer face
às responsabilidades derivadas da execução de um conjunto de
medidas previstas no Plano de Sustentabilidade Económico Financeiro
aprovado pela Tutela, conforme referido no Relatório e Contas de 2011.
De assinalar que, excluindo os custos não recorrentes e de reestru-
turação, os gastos operacionais apresentaramuma redução de 7,3 %
face a 2010.
Uma vez que, em2011, o aumento dos rendimentos operacionais foi
inferior à subida dos gastos operacionais, os resultados operacionais,
embora positivos, diminuíram39,2 % face ao ano anterior, passando
de 23 milhões de euros, em 2010, para 14 milhões de euros, em
2011. Estemontante representa, no entanto, umdiferencial positivo
de 1,6 milhões de euros face ao previsto no Acordo de Reestrutura-
ção Financeira de 2003, conforme referido no Relatório e Contas de 2011.
A diminuição dos resultados operacionais foi mais acentuada que a
descida do volume de negócios, o que determinou um decréscimo
da rendibilidade operacional do volume de negócios de 7,4 %, em2010,
para 4,6 %, em 2011. Este decréscimo de 2,8 pontos percentuais,
conjugado com a relativa estabilidade do grau de rotação do ativo,
explica a descida, no período considerado, da rendibilidade operacio-
nal do ativo de 6,0 % para 3,7 %, conforme explicitado no quadro seguinte.
O resultado antes de juros, impostos, depreciações e amortizações
(EBITDA) apresenta uma redução de 29,5 %, passando de 30milhões
de euros, em 2010, para cerca de 21 milhões de euros, em 2011.
A margem EBITDA diminuiu 3,1 pontos percentuais, situando-se em
6,7 % em 2011.
A referida quebra dos resultados operacionais foi mais do que com-
pensada pela evolução favorável dos resultados financeiros, o que
permitiu uma subida de 25,6 % no resultado líquido do período que
aumentou de 15 milhões de euros, em 2010, para 19 milhões de
euros, em 2011.
De assinalar que a subida dos resultados financeiros, em14milhões
de euros, passando de 7milhões de euros, negativos, em2010, para
7 milhões de euros, positivos, em 2011, se deve essencialmente ao
reconhecimento de ganhos por alterações de justo valor em instru-
mentos financeiros.
Cofina
Em2011 não ocorreramalterações no perímetro de consolidação da
COFINA. No que se refere aos rendimentos operacionais do grupo, o
ano de 2011 foi caracterizado por uma evolução semelhante à regis-
tada no exercício anterior, observando-se um reforço, em 2 pontos
percentuais, da contribuição do segmento “Jornais” para o total de
rendimentos operacionais consolidados e, emcontrapartida, idêntica
quebra no segmento “Revistas”, como se pode ver no quadro seguinte.
RELATÓRIO DE REGULAÇÃO 2011
Fig. 21 –
Rendimentos operacionais.
Descrição
2011
M
2010
M
Var.
Fundos públicos
240,1
230,7
4,1%
Indemnizações compensatórias
89,0
121,1
-26,5%
Contribuição para o audiovisual
151,1
109,6
37,9%
Rendimentos comerciais
60,3
75,8 -20,5%
Publicidade
39,6
49,9
-20,5%
Distribuição cabo
13,7
14,0
-2,0%
Prestação de serviços
4,0
3,0
34,7%
Venda de conteúdos
0,8
6,6
-87,7%
Outros
2,2
2,3
-13,4%
Outros rendimentos e ganhos
16,7
2,1 664,8%
Total de rendimentos operacionais
317,1
308,6
2,7%
Fig. 22 –
Rendibilidade operacional do ativo.
Descrição
2011
2010
(1) Resultados operacionais/Volume de negócios
×
100
4,6%
7,4%
(2) Volume de negócios/Ativo
0,813
0,809
(3) = (1)
×
(2) Resultados operacionais/Ativo
×
100
3,7%
6,0%
Fig. 23 –
Repartição de rendimentos operacionais por segmentos.
Descrição
2011
2010
Jornais
76%
74%
Revistas
24%
26%
Total
100% 100%