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ERC
• VOLUME 1
da participação financeira que a COFINA detinha na ZON Multimédia,
sendo o encaixe proveniente desta operação, no montante de 52
milhões de euros, parcialmente aplicado na redução do passivo.
O total do capital próprio, incluindo interesses minoritários, passou
de 8milhões de euros, em2010, para 12milhões de euros, em2011,
registando um aumento de 50,2 %. Este crescimento de 4 milhões
de euros foi determinado, essencialmente, pelo resultado líquido do
período, no montante de 5 milhões de euros, deduzido de 1 milhão
de euros distribuídos como dividendos, em 2011.
Uma vez que, em 2011, a diminuição do ativo foi acompanhada por
um aumento no capital próprio, verificou-se a subida do grau de au-
tonomia financeira de 3,6 %, em 2010, para 6,8 %, em 2011. Em
conformidade, o rácio de solvabilidade aumentou, no período consi-
derado, de 0,04 para 0,07.
De notar que apesar do aumento verificado no capital próprio, em
2011, o grau de autonomia financeira ainda permanece reduzido. Tal
facto deve-se ao reconhecimento de perdas por redução do justo
valor da participação financeira que a COFINA detinha na ZON Multi-
média. Com efeito, de 2008 a 2010, com base na cotação destes tí-
tulos à data do balanço, foramregistadas perdas por imparidade que
implicarama redução, emvalor absoluto, do ativo e do capital próprio
em cerca de 91 milhões de euros, sendo que, em termos relativos,
tal diminuição representa um decréscimo mais acentuado para o
capital próprio.
O volume de negócios ascendeu, em 2011, a 114 milhões de euros,
registando uma descida de 4,6 % face aos 120 milhões de euros
obtidos no ano anterior.
O decréscimo do volume do volume de negócios foi inferior à dimi-
nuição do ativo, determinando, no período considerado, uma subida
de 0,55 para 0,66 no grau de rotação do ativo.
O total de rendimentos operacionais situou-se, em 2011, em 127
milhões de euros, registando um decréscimo de 7,1 %, face aos 136
milhões de euros do ano anterior. Esta quebra foi superior à redução
verificada nos gastos operacionais do período, o que explica a descida
de 15,9 % nos resultados operacionais que se situaramem16milhões
de euros, em 2011.
A repartição dos rendimentos operacionais consolidados, segundo
a sua natureza, é a apresentada na fig. 25.
Em2011, todas as categorias de rendimentos operacionais apresen-
taram uma evolução desfavorável. A redução mais acentuada
ocorreu nos rendimentos provenientes de produtos de
marketing
alternativo que, em2011, sofreramuma descida de 25,2 %, passando
a representar apenas 9,6 % do total de rendimentos operacionais.
Segue-se a descida de 9,4 % nos réditos de publicidade cujo peso, no
total de rendimentos operacionais, desceu para 39,3 %. Quanto aos
rendimentos de circulação, registaram, em 2011, uma diminuição
de 0,5 %, passando a representar cerca de 51,1 % do total de rendi-
mentos operacionais.
A diminuição dos resultados operacionais foi mais acentuada do que
o decréscimo registado no volume de negócios, originando uma
descida da rendibilidade operacional do volume de negócios de 16,2 %,
em 2010, para 14,3 %, em 2011. Este decréscimo de 1,9 pontos
percentuais foi mais do que compensado pela subida no grau de
rotação do ativo, pelo que a rendibilidade operacional do ativo subiu
de 8,9 % para 9,4 %, conforme explicitado no quadro seguinte.
O resultado antes de juros, impostos, depreciações e amortizações
(EBITDA) registou uma diminuição de 14,5 %, passando de 23milhões
de euros, em 2010, para 20 milhões de euros, em 2011.
A margem EBITDA desceu 1,4 pontos percentuais, situando-se em
15,6 %, em 2011, face aos 17,0 % registados em 2010.
O resultado líquido consolidado, incluindo a parcela atribuível a interes-
sesminoritários, foi, em2011, de5milhões de euros, o que representa
um decréscimo de 5,7 % face ao ano anterior. De assinalar que a alie-
nação, em 2011, da participação financeira da COFINA na ZON Multi-
média gerou um ganho de aproximadamente 0,1 milhões de euros,
não tendoum impacte expressivono resultado deste exercício. Tratava-
-sedeum investimentoque, desde a suaaquisição, era sistematicamente
reavaliado a valor de mercado à data do balanço e, em consequência,
já tinham sido reconhecidas, em anos anteriores, perdas por redução
de justo valor de cerca de 91 milhões de euros, como referido.
A rendibilidade do capital próprio, incluindo a parcela atribuível a in-
teressesminoritários, situou-se em41,6 %, em2011, registando uma
quebra de 24,7 pontos percentuais face ao ano anterior. Considerando
apenas a parcela atribuível aos acionistas da empresa-mãe, regista-
-se idêntica evolução.
RELATÓRIO DE REGULAÇÃO 2011
Fig. 25 –
Rendimentos operacionais consolidades.
Descrição
2011
2010
Var.
Circulação
64,7M€
51,1%
65,0M€
47,7%
-0,5%
Publicidade
49,8M€
39,3%
55,0M€
40,3%
-9,4%
Produtos de
marketing
alternativo e outros
12,2M€
9,6%
16,3M€
12,0%
-25,2%
Total de rendimentos operacionais consolidados
126,7M€
100%
136,3M€
100%
-7,1%
Fig. 26 –
Rendibilidade operacional do ativo.
Descrição
2011
2010
(1) Resultados operacionais/Volume de negócios
×
100
14,3% 16,2%
(2) Volume de negócios/Ativo
0,657
0,546
(3) = (1)
×
(2) Resultados operacionais/Ativo
×
100
9,4%
8,9%