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ERC
• VOLUME 1
entrevistados não são eleitores que já votaram mas sim potenciais
votantes) enão são, na generalidade, tão precisas como as realizadas
à boca de urna. No caso das presidenciais, e considerando as últimas
projeções antes da eleição realizada dia23de janeiro, deve relevar-se:
i) o acertona ordenação da generalidade dos candidatos, comexceção
para os dois candidatosmenos votados, onde três das cinco projeções
consideradas falharam; e ii) um grau de precisão relativamente ele-
vado, não obstante alguns institutos tenham falhado as estimativas
para alguns candidatos, fixando-se a média total dos desvios das úl-
timas cinco projeções pré-eleitorais face aos resultados finais em2,9
p.p. Se se consideraremapenas as diferenças dos resultados dos dois
candidatos mais votados, verifica-se que a margem de vitória média
das últimas cinco projeções é de uma grandeza similar à verificadana
eleição (35,56 p.p. e 33,21 p.p., respetivamente), o que também evi-
dencia um trabalho positivo por parte das empresas de sondagens.
Relativamente às eleições legislativas, a evolução das intenções de
voto demonstrou alguma variabilidade entre institutos ao longo do
tempo (ocorrência que pode ser considerada normal face às diferen-
tes metodologias praticadas), a qual no entanto foi convergindo à
medida que a data das eleições se aproximou.
No final, a precisão do último estudo pré-eleitoral de cada instituto
foi bastante elevada, sendo amédia total dos desvios das intenções
de voto de 1,3 p.p. Nesta eleição é de salientar, sobretudo, o desapa-
recimento da subestimação das intenções de voto no CDS-PP (fig.
49), fenómeno anteriormente verificado em 2002 e 2009 e para o
qual ainda não se identificou uma explicação causal, até porque não
se verificaramalterações significativas nasmetodologias aplicadas.
No caso das eleições regionais daMadeira amédia total dos desvios
entre as três últimas sondagens pré-eleitorais e o resultado da eleição
é similar à das eleições presidenciais (2,9 p.p.). Todavia, o compor-
tamento das sondagens não é comparável a essa eleição, principal-
mente porque duas das três sondagens consideradas foram inexatas
na ordenação das forças políticas, estimando, por um lado, que o PS
(3ª força mais votada) ficaria à frente do CDS-PP (2ª) e, por outro,
que a CDU e o BE (5ª e 9ª força, respetivamente) ficariam à frente
RELATÓRIO DE REGULAÇÃO 2011
Fig. 47 –
Tracking polls
legislativas 2011 — Eurosondagem.
Fig. 48 –
Sondagens presidenciais depositadas em período de campanha e no dia das eleições, por data de trabalho de campo (projeções).
Entidade
(período de recolha de dados)
%
Erro máximo associado
à dimensão da amostra
Cavaco
Silva
Manuel
Alegre
Fernando
Nobre
Francisco
Lopes
José Manuel
Coelho
Defensor
de Moura
Resultados eleitorais
52,95
19,74
14,07
7,14
4,51
1,59
CESOP/UCP (23/01/2011) – Boca de urna
0,6
52 – 58
18 - 21
13,5 - 16,5
5 - 8
2 - 4
1 - 2
Eurosondagem (23/01/2011) – Boca de urna
0,5
51,6 – 56
17,1 - 20,9
13,1 - 16,3
6,3 - 7,5
3,3 - 4,5
1,1 - 2,1
Intercampus (23/01/2011) – Boca de urna
0,5
51,4 - 55,4
17,2 - 21,2
12,4 - 16,4
5,8 - 8,8
3,1 - 5,1
0,7 - 2,7
Intercampus (16/01 a 19/01/2011)
3,1
54,6
22,8
9,1
8,2
2,7
2,6
CESOP/UCP (15/01 a 18/01/2011)
1,5
59
22
10
6
1
2
Eurosondagem (13/01 a 18/01/2011)
2,2
56,3
25
10,1
5,2
1,4
2
Marktest (14/01 a 16/01/2011)*
3,5
64,3
15,7
13,3
3,4
2,2
1,3
Aximage (10/01 a 14/01/2011)
3,1
54,7
25,6
10,7
6,3
0,9
1,8
* Para efeitos comparativos redistribuíram-se proporcionalmente os inquiridos que se afirmaram indecisos, abstencionistas ou não respondentes. Esta projeção, realizada sobre as intenções
diretas de voto, é da exclusiva responsabilidade da ERC.
Fonte dos resultados eleitorais: www.cne.pt