Página 264 - ERC_Relatorio_de_Regulacao_2011_Volume2

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ERC
• VOLUME 2
apresentam as
crianças
e os
jovens/adolescentes
sobretudo em
coberturas informativas de
acidentes e catástrofes
,
crimes e
violência
e
atividades policiais
.
6. A segunda
temática
mais abordada na informação diária com
presença/referência
de
menores
é
sistema judicial
, tendência
comum a todos os blocos informativos, embora mais destacada
nos privados. Essa
temática
está presente sobretudo na cobertura
informativa de
casos de justiça
que envolvem
crianças e jovens
,
de que se destaca o processo de guarda paternal da criança Es-
meralda, o desaparecimento de Madeleine McCann, a par da co-
bertura de outrosmaus tratos e de homicídios de filhos pelos pais.
7. A
presença/referênciaamenores
empeçassoba
temáticasociedade
tem numa representação privilegiada sobretudo nos operadores
privadosenoTelejornal
.
Essesblocos informativosdestacam
questões
ligadasà infância
,
históriasdevida (
como insólitoseacontecimentos
relacionadoscomfilhosdecelebridades), seguidaspor
temas
ligados
à
integração e inclusão social
,
pobreza e exclusão social
,
relações
familiares
e
relações e comportamentos sociais
. A RTP2 continua a
ser o serviço de programas que menos tempo concede a
temáticas
de
sociedade
com participação de
menores
.
8. A presença de
menores
emconteúdos sobre
política internacional
e
educação
equiparam-se, mas o primeiro conjunto de
temáticas
destaca-se no Jornal 2 / Hoje, seguido pelo Telejornal.
9. Tendencialmente, todos os blocos informativos identificam
fontes
de informação
em cerca de 88 % a 95 % dos seus conteúdos com
presença
/
referência
de
menores
. O Jornal 2 / Hoje e o Jornal da Noite
são aqueles onde há mais conteúdos com
informação não atri-
buída
, embora não ultrapasse os 11,4 %.
10. Alémdisso, observa-se que os blocos informativos apresentam
características diferentes ao nível do tipo de
fontes
consultadas.
Todos os blocos informativos do horário nobre privilegiam a
consulta de
fontes
de três áreas;
sociedade
,
ordem interna
e
política nacional
. Relativamente à primeira área de
fontes
que é
referida destacam-se
cidadãos adultos
, a
família
dos
menores
,
outrosmovimentos cívicos e humanitários
e, a par destes últimos,
as próprias
crianças
. Na RTP2, as peças que identificam
menores
são ainda construídas commaior recurso a umquarto conjunto
de
fontes: comunidade internacional
.
11. Há uma tendência nos serviços informativos dos três operadores
para personalizar as peças em que identificam
menores
, isto é,
cerca de 96 % identificam pelo menos um
ator
.
12. A este nível, há uma aproximação entre a RTP1, a SIC e a TVI,
cujos serviços informativos apresentam os
atores
da área
so-
ciedade
como protagonistas mais frequentes das peças com
menores
, sendo os segundos mais presentes, a RTP2. No total
dos quatro blocos noticiosos, entre os
atores
da área
sociedade
que protagonizammais peças com
menores
destacam-se
cida-
dãos comuns
crianças
,
adultos
e familiares dos
menores
. Por
sua vez, no Jornal 2 / Hoje, o maior protagonismo é assumido
por
atores
da
ordem interna
(
vítimas
e
testemunhas
).
Na caracterização da forma como
os menores
surgem nas peças,
consideraram-se indicadores que remetempara a sua
identificação
,
a sua
proteção
e
a condição
em que são apresentados.
Os resulta-
dos da monitorização com base nesses indicadores remetem
apenas para as peças da amostra de 2009 a 2011.
13. Noquediz respeitoao
modode identificaç
ãodosmenores
verifica-
-se uma tendência semelhante em todos os blocos informativos:
em 70 % a 80 % das suas peças não fazem qualquer referência ao
nome das
crianças
e
jovens
que representam. Nos restantes 20 %
a 30 %, omodo de identificaçãomais utilizado no serviço público é
a
o verdadeiro primeiro nome
do
menor
, enquanto nos privados, se
identifica mais
o primeiro nome e nome de família verdadeiros
.
14. Relativamente à
identificação dos menores a partir do
local
onde residemou permanecem
, verifica-se que entre 62 % a 75 %
das peças esses locais não são referidos. Nos casos em que
essa identificação é feita, o
concelho/distrito
é o mais referido
por todos os serviços informativos, ou seja, os locais que reme-
tem para um nível maior de especificação como o
bairro
, a
fre-
guesia
, a
rua
e
casa
onde o
menor
habita/permanece são refe-
ridos ou mostrados commenos frequência nos conteúdos.
15. Outra característica comum a todos os blocos informativos é o
facto de que, namaior parte dos conteúdos emque aparecemos
menore
s, estes não prestamdeclarações, isto é, aparecemrepre-
sentados, mas não através do seu próprio discurso. Os
menores
são consultados como
fontes
das peças sobretudo quando os
assuntos reportados os enquadram em
situações de lazer
, na
condição de
alunos
, emcontexto familiar e quando são destacadas
as suas capacidades em alguma atividade ou acontecimento.
16. Em cerca de 60 % das peças monitorizadas entre 2009 e 2011
verificou-se que os operadores não utilizamqualquer
técnica de
ocultação
para protegerem a identidade das
crianças
e
jovens
nelas presentes. Em26,5 % das peças analisadas nas amostras
de blocos noticiosos do horário nobre dos três anos não foram
identificadas imagens de menores, ou seja, a maior parte das
peças analisadas mostra esses menores.
17. Na minoria de peças em que às imagens dos
menores
são apli-
cadas
técnicas de ocultação
, verifica-se que a mais comum é
RELATÓRIO DE REGULAÇÃO 2011