Página 203 - ERC_Relatorio_de_Regulacao_2011_Volume1

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ERC
• VOLUME 1
A ANACOM acrescente que a taxa penetração da banda larga fixa dos
clientes residenciais emtermos de famílias clássicas e de alojamen-
tos familiares clássicos se situava, respetivamente, nos 48,8 por
100 famílias e nos 33,4 por 100 alojamentos.
7. Síntese
Apresenta-se neste capítulo uma caracterização geral dos padrões de
consumo dos meios de comunicação e do perfil dos seus públicos. A
análise é realizada a partir do cruzamento e da sistematização de
dados provenientes de diferentes fontes de informação — ANACOM,
APCT, INE, Marktest, PORDATA. Pretende-se, desta forma, identificar as
tendências evolutivasmais salientes aonível dos consumos demédia.
a) Televisão por subscrição
A televisão por subscrição alcançou, em 2011, perto de 3 milhões de
clientes, mais 200 mil do que no ano anterior. A diversificação de pla-
taformasdeacesso continuaa contribuir paraesse crescimento, sendo
evidente o impacto positivo suscitado pelo incremento de novas plata-
formas—e, emparticular, afibraótica (FTTH) ea rede telefónica (xDSL/
IP). Estas plataformas de distribuição representaram28% do total dos
serviços televisivos por subscrição em 2011 (830 mil assinantes).
O cabo e o satélite mantêm-se como as plataformas de acesso pre-
ferenciais, sendo que o acesso via satélite continuou a ver o seu
número de assinantes aumentar, o mesmo sucedendo com o cabo,
contrariando uma tendência de quebra registada nos anos anteriores.
b) Serviços de programas generalistas
A RTP1, a SIC e a TVI continuam a recolher a preferência dos espec-
tadores, tanto no acesso livre (hertziano), como na televisão por
subscrição. De acordo com os dados de audiências da Marktest, a
opção por estes canais generalistas portugueses continua a ser
privilegiada, sendo que os hábitos de visionamento coabitam com a
diversificação da oferta de plataformas de distribuição.
No entanto, não poderá deixar de se enfatizar o aumento da quota
de audiência do “cabo/outros”, em10 p.p., representando já umquinto
do share de audiências televisivas.
Entre os generalistas, a TVI continua a ser o canal televisivo com
shares
de audiênciamais elevados (25,7%; emhorário nobre—29,1%),
seguindo-se a SIC e a RTP1 e, com valores muito próximos entre si
(respetivamente, 22,7% e 21,6%; em horário nobre, a SIC com 24,5%
e as RTP com 22%). A RTP2 regista o
share
de audiência mais baixo
entre estes quatro generalistas (4,5%; em horário nobre — 3,8%).
O tempo médio de visionamento diário de televisão não sofreu alte-
rações emrelação a 2010. Os espectadores despenderam, emmédia,
aproximadamente cerca de 47 minutos por dia a ver a RTP1. A RTP2
regista um tempo médio de visionamento diário de cerca de 10 mi-
nutos, menos 1 minuto do que no ano anterior.
Do lado dos generalistas comerciais, o tempo de visionamento di-
ário da SIC fixou-se em 50 minutos. A TVI continua a ser o serviço
de programas mais visto, com56minutos de visionamento médio
por dia.
Dosdezprogramasmaisvistosnos canaisgeneralistasem2011, todos
referiram-seacompetiçõesde futebol transmitidaspelaRTP1epelaSIC.
c) Audiências cabo/outros
No respeitante às audiências de serviços de programas por “cabo/
outros” (vídeo, videojogos e outros equipamentos periféricos), assiste-
-se a umaumento do tempo de visionamento nos últimos anos, tendo
registado quase 56 minutos em 2011. O
share
dos serviços de pro-
gramas por cabo temtambémassinalado uma subida contínua, com
uma quota de 25,5% no ano em análise.
Os serviços de programas de
filmes e séries
são os preferidos das
audiências de cabo/outros, seguindo-se os de
informação
e os
in-
fantis
. O programa de cabo commais audiências em2011 foi a edição
de 23 de março do “Negócios da Semana”, transmitida pela SIC No-
tícias.
d) Rádio
O tempo médio de escuta de rádio, de acordo com o Bareme Rádio
daMarktest, manteve-se estável nos últimos anos. Em2011, o tempo
médio de escuta situou-se nas 3h15, exatamente o mesmo tempo
em comparação com o ano precedente.
Entre as rádios consideradas na análise da Marktest, as mais escu-
tadas pertencem, por esta ordem, aos grupos Renascença, Media
Capital, RDP e TSF.
OS MEIOS
Perfis e consumos dos públicos dos média
Fig. 68 –
Taxas de penetração do serviço de acesso à
internet
em banda larga – número de acessos por 100 habitantes no 4T 2011.
Taxa de penetração
2011 (%)
Acessos do serviço de acesso
à
Internet
em banda larga fixa
21,1
Acessos ADSL
10,3
Acessos modem por cabo
8,5
Acessos fibra ótica (FTTH/B)
2,2
Outros tipos de acesso
0,0
Clientes do serviço de acesso
à
Internet
em banda larga móvel
com utilização efetiva
27,5
N.º clientes banda larga (móvel)
através de placas/ modems ativos
10,7
Fonte: ANACOM – Informação Estatística do Serviço de Acesso à
Internet
, 4.º Trimestre de 2011.