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ERC – Relatório de Regulação 2016 · Volume I

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Em 2010, a

SIC

apostou na produção de novelas

portuguesas em parceria com a SP Televisão e a

TV Globo. A primeira novela, “Laços de Sangue”, foi

homenageada com um Emmy, na categoria de novelas,

proporcionando, nos anos seguintes, a abertura dos

mercados internacionais das produções de novelas.

Em 2011, no âmbito de uma reestruturação do

Grupo, a área digital ficou reduzida à InfoPortugal

– Desenvolvimento e Produção de Conteúdos

Georreferenciados, à Olhares, que detém o maior

portal de fotografia de língua portuguesa e à

DGSM. Posteriormente, em 2012, em troca de uma

participação de 15,06 %, a DGSM foi vendida à Nonius

Software, que se dedica ao fornecimento de HSIA

e serviços de hospitalidade para indústria hoteleira.

Em 2014, no âmbito da sua expansão digital, o

Expresso

lançou o

Expresso Diário

, um jornal diário

só disponível online, para assinantes e compradores

da versão em papel. No final de 2014, a

SIC

lançou

o seu primeiro canal especificamente dedicado

aos mercados africanos de língua portuguesa,

em exclusividade para a plataforma DSTV.

Em 2015, a

SIC

estava presente em 14 países, através

de 53 operadores com, sete canais, abrangendo mais

de seis milhões de espectadores.

O arranque de 2016 foi marcado pela nova organização

do Grupo Impresa, liderado pelo CEO Francisco Pedro

Pinto Balsemão, ficando melhor preparado, para

enfrentar os desafios impostos ao setor dos

media

.

As telenovelas da

SIC

“Coração D´Ouro” e “Mar

Salgado” conquistaram as medalhas de Ouro e Bronze,

respetivamente, na categoria Telenovela, na gala de

prémios do New York Festival’s World’s Best TV &

Films, que decorreu em Las Vegas. Foi a primeira

vez que telenovelas produzidas em Portugal foram

finalistas neste Festival, que conta com produções

de cerca de 50 países.

A Impresa criou uma nova plataforma

online

que

agrega todas as ofertas criativas do grupo e a

SIC

tornou‑se a primeira televisão nacional a disponibilizar

o canal generalista e todos os seus canais temáticos

em Alta Definição.

Atualmente, o Grupo Impresa tem as suas ações

admitidas à cotação na Euronext Lisboa, sendo

maioritariamente detido por Francisco Pinto

Balsemão, com uma participação de cerca de 52 %, a

gestora de ativos Invesco com 7 %, a sociedade Madre,

controlada por António Silva Parente, com cerca de 5 %

e a FIL, o Banco BPI, o Santander Asset Management,

a Jefferies International, a Henderson Global Investors

e a NewsHold que também detêm participações todas

elas inferiores a 5 %.

2016 foi mais um ano desafiador para o Grupo

Impresa. As receitas de exploração caíram mais de

10 %, resultado da deterioração registada em todos

os segmentos de negócio, exceto nas receitas de

publicidade na televisão, onde o crescimento foi inferior

a 1 %. Em geral, as receitas de publicidade estiveram

em deterioração, tal como as receitas de subscrição

de canais, a circulação e a publicidade na imprensa.

As receitas de exploração do Grupo Impresa em 2016

(Fig. 34) dependiam em mais de 50 % de receitas

de publicidade. Por sua vez, o segmento de televisão,

que representou 76 % das receitas de exploração

do Grupo, mantinha uma dependência de receitas de

publicidade superior a 50 %. As receitas de publicidade

no segmento de televisão apresentaram crescimento

bastante ligeiro, tendo sido o segmento de publicações

o grande penalizado.

As receitas de todos os segmentos na área do

Publishing

em que o Grupo Impresa se encontra

presente desceram, com as maiores quedas a

COMPOSIÇÃO DAS RECEITAS DE EXPLORAÇÃO, EM 2016

Fig. 34 -

Composição das receitas de exploração, em 2016.

Fonte: Demonstrações financeiras, elaboração ERC.

57%

PUBLICIDADE

76%

TELEVISÃO

21%

SUBSCRIÇÃO DE CANAIS

23%

PUBLISHING

1%

INFOPORTUGAL & OUTRAS

11%

CIRCULAÇÃO

11%

OUTROS

57%

PUBLICIDADE

76%

TELEVISÃO