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Entende‑se por

género

a identificação de estruturas

e de modelos de apresentação de programas de rádio

relativamente padronizados e associados aos conteúdos

temáticos que difundem, com base nos quais é

estruturada uma grelha de programação.

A identificação dos

géneros radiofónicos

é efetuada

a dois níveis:

a) Nível I – Macrogéneros

: a classificação de programas

de acordo com grandes

categorias de programação

que agregam diferentes géneros associados à

difusão de um determinado conteúdo temático

de base. No presente estudo são considerados

seis

macrogéneros

:

informativo

,

desportivo

,

música

,

entretenimento

,

cultural/conhecimento

e

institucional/religioso

;

b) Nível II – Géneros

:

resulta do refinamento das

categorias de nível macro, identificando modelos de

apresentação e conceção particulares de programas,

os quais se encontram associados à difusão de

um determinado conteúdo específico, integrando

uma das grandes

categorias de programação

consideradas. A título de exemplo, a macrocategoria

desportivo

é subdividida em quatro

géneros

particulares:

informação desportiva

,

transmissão

desportiva

,

resumo desportivo

e

comentário

desportivo

.

A grelha de classificação integra seis categorias de

macrogéneros

e 31 categorias de

géneros

(Cf. Anexo I –

Anexo Metodológico).

No que respeita ao conceito de

função na programação

,

define‑se como a finalidade prevalecente num

determinado programa de acordo com os critérios

definidos no âmbito da presente análise e que resultam

nas categorias:

informar

,

formar

,

entreter

e

promover/

divulgar.

A prossecução destas funções, regra geral, encontra‑se

diretamente associada à ocorrência de determinados

géneros

na grelha de programação – a título ilustrativo,

o

noticiário

associa‑se à função

informar

, assim

como um programa classificado como

educativo

apresenta

formar

como a função predominante.

Independentemente de cada programa ser

apreciado individualmente à luz desta variável,

apresenta‑se em anexo uma grelha de referência

sobre a correspondência entre

géneros

e

funções

de programação (Cf. Anexo I – Anexo Metodológico).

Por

unidade de análise

entende‑se todos os espaços

que se apresentam como elementos autónomos, com

uma identificação própria e delimitados temporalmente

na grelha de programação.

O recenseamento das

unidades de análise

foi realizado

com base no registo efetuado pela concessionária

do serviço público de rádio e televisão de todos

os programas/rubricas emitidos pelos serviços

de programas

Antena1, Antena2 e Antena3

, durante

o ano de 2015.

O registo da totalidade da programação das três antenas

foi remetido pelo operador numa base de dados, cujas

entradas foram validadas e codificadas de acordo com o

modelo de análise definido pela ERC. Deste processo de

validação e codificação resultou uma base de dados nos

moldes que constam no Anexo I – Anexo Metodológico.

Os resultados expostos repousam sobre o recurso

a duas unidades de medida:

frequência

– número de

ocorrências de programas/unidades de programação

emitidas – e

duração

(hh:mm:ss), tendo sido

privilegiada esta última. A opção deriva do facto de

a programação de rádio apresentar características

próprias do meio, que levam a que nas suas grelhas

diárias de emissão figurem grandes blocos que

englobam conteúdos diversos: desde programas em

pequeno formato, rubricas, passatempos, passando

por música, noticiários, entre outros. Essas grandes

unidades de programação contínua a cargo de um

mesmo locutor/apresentador aproximam‑se da

noção de “programa-contentor”. Assim, a opção

pela duração pretende aproximar os resultados

desta análise à realidade, através da perceção da

percentagem relativa de tempo de exposição dos

ouvintes a tipos de programas e duração das funções

por estes prosseguidas.

O quadro metodológico utilizado encontra‑se explicado

de forma detalhada no anexo que constitui parte

integrante do presente capítulo (Anexo I – Anexo

Metodológico).

PLURALISMO E DIVERSIDADE NO SERVIÇO PÚBLICO DE RADIODIFUSÃO SONORA

ANÁLISE DA PROGRAMAÇÃO DA RÁDIO PÚBLICA –

ANTENA1

,

ANTENA2

E

ANTENA3

(2016)