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ERC divulga Análise Económica e Financeira ao Setor dos Media em Portugal no ano 2021

Pandemia continua presente e acelera a transição para o mercado digital

A ERC – Entidade Reguladora para a Comunicação Social publica, esta quinta-feira, uma análise económica e financeira ao setor da comunicação social em Portugal, no ano 2021. Este documento revela uma trajetória de recuperação do setor, em relação a 2020, e que a pandemia veio acelerar a tendência de transição para um mercado de publicidade mais centrado no digital.

De acordo com os dados obtidos através da Plataforma da Transparência dos Media da ERC, os ativos totais das empresas de comunicação social ascenderam, em 2021, a 1 119 milhões 679 mil euros. Apesar da melhoria do enquadramento macroeconómico, os ativos e os rendimentos desceram face a 2020, ainda que os resultados em termos agregados tenham melhorado.

A análise conduzida pela ERC indica que no geral o setor foi rentável, tendo cerca de 65 % das empresas apresentado resultados líquidos positivos e 71 % resultados operacionais ou EBITDA também positivos. A alavancagem do setor permaneceu elevada, com uma proporção de capitais próprios totais para o ativo total de 18,8 %, o que demonstra também uma melhoria face ao ano anterior. Um total de 81% das empresas manteve capitais próprios positivos.

A ERC verifica que 54% das empresas reportou crescimento de rendimento no ano 2021, mas com menor incidência nas empresas monomedia, proprietárias de apenas um tipo de órgão de comunicação social, designadamente entre os operadores de rádio e publicações periódicas. Neste segmento não chegou a metade as empresas com crescimento.

O setor da comunicação social continua a caracterizar-se pela existência de um grande número de pequenas empresas e pela concentração de rendimentos, ativos e resultados nas grandes empresas. Basta referir que, dos 919 milhões de euros de rendimentos do setor, 809 milhões pertenceram a apenas 14 empresas. Os prejuízos, também eles foram concentrados, mas desta feita nas menores empresas pertencentes ao segmento das que auferem rendimentos inferiores a 100 mil euros.

A ERC observa ainda que as pequenas empresas integram em especial os segmentos mais tradicionais como publicações periódicas e rádios hertzianas e que são as que enfrentam maiores dificuldades face à alteração paradigmática da forma como os conteúdos são consumidos e dos interesses e composição dos consumidores, limitando ou anulando a sua capacidade de crescimento.

A análise da ERC revela também que as empresas proprietárias de órgãos de comunicação social de vários tipos (multimedia), continuaram a mostrar-se mais sólidas e rentáveis do que as empresas monomedia.

Os segmentos com exposição a operações de internet apresentaram maiores níveis de rentabilidade do que os restantes, o que sugere que a combinação de serviços de internet com outros segmentos de comunicação social pode ser positivo.

Quando se integra na análise as empresas de serviços de televisão por subscrição (STVS) e telecomunicações verifica-se que as maiores margens registaram-se entre elas, empresas que operam em segmentos mais intensivos em capital e com menos intervenientes.

A versão completa do Estudo “Análise Económica e Financeira ao Setor dos Media em Portugal no ano 2021” pode ser consultada aqui.

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